Desde que comecei a ir à bienal como aluna até hoje, professora formada, nunca deixei de comparecer ao evento. Isso se deve primeiramente ao amor que tenho por livros. Tenho ciúme dos meus livros. MUITO! Não sei, é como se estivessem desamparados se não estão comigo... coisa besta de pensar! Enfim, tenho ciúme mesmo! E daí?!?
Outro motivo que ma faz ficar louca com este evento é o cheiro de livro novo. Até leio livros digitais, mas o cheirinho do livro ao ser aberto pela primeira vez... Nem tenho palavras para dizer como gosto disso!
O terceiro motivo é a área na qual escolhi atuar. Alguém de Literaturas não pode ficar de fora deste evento. Ainda que este seja um evento comercial, é preciso garimpar e encontrar entre a produção para todos aquela que nos seduz, que nos faz perder o sono ao folhear suas páginas. Sem contar que os profissionais da educação são eternos alunos das áreas humanas de conhecimento.
E com estes objetivos em mente é que fui à Bienal no último feriado. Na edição anterior, apesar de comprar meus exemplares ligados à Literatura e História, senti que o evento estava voltado para o público mais infanto-juvenil, crianças e adolescentes. Neste último senti o evento mais democrático que o anterior: todas as idades representadas por autores, suas obras e eventos. Várias atividades programadas para todas as idades. Autógrafo, bate-papo, jogos, brincadeiras, leituras, café literário, etc. Sem contar que os estandes estavam magníficos! Uma verdadeira festa para os olhos!
No entanto, ouvi algumas reclamações. Sobre a distribuição de senhas, muitas pessoas não ficaram sabendo da maneira de consegui-las. Inclusive desistiram da compra do livro por causa disso. Alguém comprou um livros e, depois de esperar na fila para pegar o autógrafo, descobriu que precisava de senha, mas não havia pegado porque não sabia. Além dessa reclamação ouvi outras. Espaço insuficiente para se sentar confortavelmente ao lanchar, preços altos de comidas, bebidas e de livros de algumas editoras, distribuição modesta de marcadores, mesmo para consumidores.
Apesar de todas as reclamações, curti bastante a Bienal. Fotografei, sentei no chão, fiz pausas entre a visitação de cada pavilhão... passei todo o feriado na agradável companhia dos livros e seus amantes. Fico encantada ao ver quantas pessoas se interessam por algum tipo de livro. Mais encantada ainda fico ao ver famílias inteiras juntas em sua caça. Pensei em comprar uns dois livros apenas, por causa dos preços e da crise que aperta tanto os nossos bolsos. Mas não me contive e adquiri sete novos exemplares: 1 que custou 10 reais, 4 que custaram 20 reais cada, 1 que custou 30 reais e 1 que custou 50 reais. É uma pena que acabou o dinheiro! Pena que acabou a Bienal! Agora é hora de ler e aguardar ansiosamente pela próxima edição.
Texto inicialmente publicado como nota em minha página do Facebook em 13 de setembro de 2017.
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