Respeito é bom e todo mundo gosta: Homossexuais e cristãos





Olá, você que lê este texto!

Não sei se você percebeu, mas toda semana posto uma nota no Facebook sobre assuntos variados. Na verdade, escrevo sobre o que me dá na telha! E o que me deu na telha hoje é falar de respeito. Mas calma lá! Vou falar brevemente sobre a falta de respeito na relação HOMOSSEXUAL-CRISTÃO. Sim, existe relação assim, para aqueles que estão chocados. E sim, coloquei os homossexuais primeiro!

Antes, quero dizer que sou evangélica, heterossexual e que não compartilho de pensamentos absurdos e extremos que vejo serem disseminados na Internet ou fora dela contra QUALQUER e TODO tipo de pessoa! O que quero dizer é que não concordo com o discurso de ódio que religiosos extremistas e perigosos (para mim um monte de Bin Laden e Donald Trump misturados) divulgam e, não satisfeitos, usam para arrebanhar pessoas fracas da cabeça a perseguirem esse ou qualquer grupo que não se enquadrem em sua visão de mundo perfeito.

Meu, antes de citar Levítico e todo o tipo de versículo que fala sobre abominação, leia o Novo Testamento! Nele, Jesus resume todos os mandamentos, ou seja, TODO O VELHO TESTAMENTO, em apenas dois versículos ‘1) “Amar a Deus sobre todas as coisas” 2) “E ao teu próximo como a ti mesmo”! Tudo se resume no amor! O apóstolo Paulo diz isso em sua carta aos Coríntios: “desses três, o mais importante é o amor”. Quem ofende, bate, xinga, humilha, agride de qualquer forma não demonstra amor, logo não pode ser reconhecido como cristão! Desculpa, mas é o que penso! Jesus veio ao mundo para servir de exemplo e, não lembro dele xingando, ofendendo ou batendo em ninguém! Falando mal, jogando pedras, muito menos!

Agora, na hora de apontar dedos, é muito comum TODOS OS CRENTES serem hostilizados! São todos farinha do mesmo saco! Crente nenhum presta, é o que muitos dizem. Infelizmente, as atitudes de alguns desmiolados acabam sendo encaradas como próprias de todos os cristãos. E isso não é verdade! Conheço muitos (felizmente) que assim como eu, têm amigos e colegas homossexuais com os quais conversamos, rimos, nos divertimos, abraçamos, choramos! Dividimos experiências uns com os outros! Fico extremamente triste quando vejo pessoas generalizando e falando mal como se fôssemos incapazes de enxergar o outro. Não são todos assim!

Além disso, na tentativa de justificar suas escolhas, muitas vezes, militantes de movimentos insultam a fé dos cristãos. Eu não tenho que concordar ou discordar do homossexualismo. É a escolha de muitas pessoas. Tenho que amar as pessoas, respeitá-las. Mas ninguém pode me impedir de manifestar a minha crença. É pecado e ponto. Mas não é algo contra mim. É no relacionamento da própria pessoa com Deus. E quanto a isso, não posso fazer mais nada além de orar e estar presente, para caso a pessoa queira e precise de mim.

Para concluir, de maneira geral, as pessoas costumam observar e ouvir aquilo que lhes convém. Muitos que criticam esquecem de textos bíblicos sobre a maledicência, a fofoca, refrear a língua, e muitos outros conselhos que essa minoria prefere esquecer. Pois é, é muito mais fácil olhar para o rabo do outro do que para o próprio. Mas a própria Bíblia tem a solução para isso: “Hipócrita, tire primeiro a viga do seu olho, e então você verá claramente para tirar o cisco do olho do seu irmão" (Lucas 6:42).

Até a próxima semana! Mais leves, se Deus quiser!



Texto inicialmente publicado como nota em minha página do Facebook em 24 de julho de 2017.

Descansar faz parte





Olá para você que está lendo! Tudo bem? Espero que sim!

Quero mais uma vez me desculpar por não ter publicado esta nota ontem, segunda-feira. Mas quando eu explicar o motivo, você entenderá. É que trabalho na área da educação e, como estou em recesso escolar, esqueci de tudo! E antes que me pergunte o que de tão interessante foi responsável por essa falha, já respondo logo: NADA! E é sobre isso que quero falar hoje: Não fazer nada! Ócio.

Está bem, está bem... eu fingi ter esquecido a nota semanal... De fato, o efeito causado (nenhum se ninguém perceber) foi atentar para este tema que uns tiram de letra, outros não.

Embora eu goste e trabalhar (não me crucifique por isso) é sempre bom ter um tempo livre para deixar a mente divagar, navegar por aí sem rumo. E quando eu disse não fazer nada, é não fazer nada mesmo! Há pessoas que estão tanto tempo ligadas no trabalho e em inúmeras atividades que quando têm um tempo livre planejam o que vão fazer com ele. Eu! São tantas responsabilidades e obrigações que o tempo livre acaba sendo usado para organizar o que não conseguimos durante as 24 horas por dia, 7 dias por semana.

Além dessas pessoas, há aquelas que preferem não ter tempo livre. Não quero aqui julgar ninguém. Entendo o posicionamento dessas pessoas, porque todos sabemos onde nosso calo aperta. Tempo ocioso numa sociedade capitalista significa apenas uma coisa: NADA DE GRANA. E é por isso que muita gente “não se dá ao luxo” de parar. Eu confesso: não sou uma workaholic. Não me mato de trabalhar. Na verdade, não me mato fazendo coisa alguma. Tento sempre o equilíbrio. Já passei horas estudando sim, e não me arrependo. Mas sempre fiz pausas de uns 15 minutos para ouvir música, conversar com meus familiares ou brincar com meu cachorro. Parece besteira, mas não é. Todos os dias eu pago o preço por querer um tempo livre. Não fazer a viagem dos sonhos... não comprar aquele celular novo, último lançamento... Mas como eu disse num texto anterior, temos que conviver com as consequências de nossas escolhas. Realmente admiro quem consegue trabalhar em três lugares diferentes, cuida da família, da casa, faz “N” coisas e ainda por cima faz um malabares de vez em quando! Não são super-heróis como alguns pensam (como alguns deles mesmos querem fazer os outros pensarem também, às vezes). São pessoas diferentes, com pensamentos, prioridades, ritmo... tudo diferente. Eu ainda estou aprendendo. Mesmo em casa, muitas vezes, fico procurando algo para fazer, uma poeira para limpar, algo para arrumar... Tenho que me policiar para simplesmente parar.

Por outro lado, há também aqueles que fazem do ócio um modo de vida. Não ligam para nada, não fazem nada... ficam paradas, vendo a vida passar. Parecem até cantar aquele refrão “Deixa a vida me levar; vida leva eu”. Os ateus que me perdoem, mas até Deus trabalhou! Ok, Ele também descansou ao sétimo dia... Ele estava cansado? Deus fica cansado??? Não!!! Ele descansou para que nós descansássemos também! Não é para viver trabalhando, nem para viver descansando. É para fazermos as duas coisas de maneira proporcional e equilibrada.

Há algum tempo atrás, assisti a um vídeo no Youtube do filósofo, escritor, educador, palestrante e professor universitário Mário Sergio Cortella, intitulado “Está faltando tédio”. O ócio é uma escolha. A aprendizagem e o desenvolvimento acontecem também no tédio. E, se você ficou entediado ao ler este texto, BINGO! Você aprendeu algo!

Até a próxima semana!



Texto inicialmente publicado como nota em minha página do Facebook em 18 de julho de 2017.

Medo e solidão





Olá, amigos!

Excepcionalmente o texto de segunda ficou para hoje por motivos pessoais. Desde já, minhas sinceras desculpas. Tenho tentado, religiosamente, mas imprevistos acontecem e mudam nosso rumo para outra direção.

Na semana que passou, vi umas postagens no Facebook que foram compartilhadas por amigos, conhecidos ou mesmo publicações sugeridas, não lembro bem, falando sobre adultos adquirindo bonecos e bonecas. O que para uns é coisa de colecionador, para outros é solução de problemas. E há ainda aqueles, como eu, para quem essa aquisição é coisa de desequilibrado. Explico.

O medo não é bom conselheiro. Faz com que fiquemos paralisados; não esboçamos reação frente ao perigo eminente. Ou ainda, faz-nos tomar decisões sombrias, preocupantes, tenebrosas... O medo, já dizia o Mestre Jedi Yoda, leva-nos ao lado sombrio da força. E quando o medo é associado à solidão, pode ser catastrófico.

É aí que entram as postagens que li e assisti. A primeira, uma reportagem que falava de japoneses, na casa dos 50 anos, que procuram saciar suas carências emocionais, sociais e sexuais com bonecas. Bonecas de silicone têm sido vendidas para homens viúvos, separados ou qualquer outro que queira uma companhia. Satisfação garantida. Muito mais avançadas do que as antigas bonecas infláveis, as de silicone são equipadas com boca e vagina desmontáveis. As dificuldades da vida a dois solucionadas como num passe de mágica! Elas não recusam, não falam (e por isso não reclamam), aceitam tudo. Fácil!

Inclusive li o relato de um homem que comprou sua boneca, dorme com ela, compra-lhe roupas, perucas, leva ao parque para pique-niques e passeios... chegando ao cúmulo de dividir o mesmo teto com a ex-mulher e a boneca. Isso sem falar na filha do casal que pega roupas da boneca “emprestadas”. Simplesmente uma válvula de escape para problemas que este homem tem, não sabe resolver, nem sabe onde procurar ajuda.

Além dessa reportagem, assisti a um vídeo em que uma mulher recebia ansiosamente uma encomenda. Tratava-se de um boneco de silicone semelhante a um recém-nascido. No vídeo, a mulher abre a caixa de papelão, retira o embrulho, desenrola e revela o boneco com sua roupinha de bebê. Ela retira toda a roupa revelando a semelhança do boneco a um bebê. É assustador! Uma voz questiona a respeito do nome e a dona do boneco responde acrescentando: “É meu filho”. Mais assustador ainda.

Que há pessoas que colecionam todo tipo de coisas e objetos, eu entendo. Eu mesma tenho uma coleção de filmes e livros. Entretanto, quando pessoas humanizam objetos, algo está errado. Especialistas já recriminam os donos de animais de estimação que tem o costume de humanizar seus bichinhos. Eu faço isso! E estou sempre me policiando para não tratar o animal como pessoa. É difícil, mas nem tanto! Agora, objetos?!? Algo que não se move nem emite som próprio, sem ser mecânico ou eletrônico, que não sente dor, nem frio, nem se alimenta?!?

Depois de pensar sobre essas postagens senti medo. Não medo de me tornar uma pessoa assim, mas medo das peças que nossa mente pode nos pregar. Essas pessoas resolvem suas carências com produtos de tecnologia avançada porque, na verdade, estão doentes emocional e socialmente. Falta preparo mental, tato social, sensibilidade. Falta um pouco de curiosidade, coragem e espírito de aventura. Se procurar alguém que ajude, é possível encontrar! Se procurar uma solução para um problema, ela se apresentará! Mas o maior entrave é NÃO ADMITIR QUE O PROBLEMA ESTÁ EM SI. Dessa maneira, avançam na direção errada fazendo de um cisco uma bola de neve gigantesca.

Voltando para o início deste texto, o medo não me paralisou. O medo foi superado pela certeza de que devemos nos cercar de quem amamos. Perceber nossos erros e dificuldades pode até ser difícil, mas quando observamos aqueles que se importam conosco, tudo fica mais fácil. Podemos enxergar neles, ou mesmo ouvir deles, coisas que sabemos e não queremos admitir. E, uma vez que percebemos e abrimos nossa mente e nosso coração, podemos avançar, evoluir um pouquinho seja na mente, no corpo ou no coração. Ninguém está de fato, totalmente, sozinho no mundo. Esse é o pulo do gato. Não se deixar dominar pelo medo nem se enganar pela falsa sensação de solidão.

Profundo isso... Até a próxima semana!


Texto inicialmente publicado como nota em minha página do Facebook em 11 de julho de 2017.

Crítica: O Homem Mais Inteligente da História





Olá, você que começou a ler este texto sem saber bem o porquê! Olá, você que viu uma nova postagem minha e curtiu (mesmo sem ler)! Olá para todos!

Durante este ano, vasculhei minha estante e anotei o nome de todos os livros que comprei e ainda não havia lido (por falta de tempo, obviamente). Resolvi colocar os papeizinhos em uma xícara e sortear ao longo do ano, conforme vou concluindo cada leitura. Sempre que termino um, lá vou eu sortear um próximo companheiro da minha xícara de CAFÉ COM LEITURA. É um projeto pessoal para que eu tenha uma disciplina maior como leitora. Sei que há títulos que, com certeza, são responsáveis por narizes torcidos... Mas, são livros que me chamaram atenção por algum motivo, foram adquiridos e livro foi feito para ser lido. Não tenho o hábito de interromper a leitura quando não gosto do que estou lendo. Leio até o final para formar uma opinião a respeito da obra completa, não apenas de parte dela. De certa forma, foi o que aconteceu com o último livro que li, O Homem Mais Inteligente da História de Augusto Cury. Parte de mim gostou, não do livro como obra, mas de sua essência, do que motivou Cury a escrevê-lo. Gostei muito disso. A outra parte de mim detestou. Não posso evitar. Achei a narrativa fraca e é sobre essa experiência e minhas impressões sobre o livro que falo nesse texto.

Todos os conceitos e pensamentos abordados neste livro já haviam sido pormenorizados em uma série anterior de livros chamada Coleção Análise da Inteligência de Cristo. São obras nos quais o autor, antes ateu, demonstra suas descobertas ao pesquisar o personagem Jesus Cristo sob a perspectiva da psicologia, da sociologia, de sua condição humana, não como divindade. Os livros, didaticamente bem estruturados, traz os conceitos e o embasamento analisados e expostos de maneira competente. Tenho os dois primeiros dessa série e pretendo adquirir os demais.

No entanto, o objeto deste texto, embora de essência relevante, parece-me uma desculpa para vender mais livros sobre uma mesma temática, apenas utilizando-se um formato diferente: o romance. É além de uma tentativa de massificar seu conhecimento sobre o personagem em questão, uma maneira mais fácil para compreensão de alguns leitores que rejeitam livros de autoajuda.

Ok! Você pode até pensar assim: -”E quem ela pensa que é para escrever isso??? Que trabalho ela publicou para emitir tais opiniões???” E eu responderia: - “Nenhum. Fique à vontade para parar de ler agora!” O que eu quero mesmo dizer é não sou obrigada a gostar de algo só porque um montão de gente gosta!

Mas, continuando o raciocínio depois dessa interrupção intempestiva de mim mesma, mesmo errando a mão quanto ao formato (na minha opinião, desnecessário), com diálogos inverossímeis do cotidiano de pessoas comuns (inclusive com falas absurdamente artificiais de crianças e adolescentes - quando sabemos bem que não se exprimem daquela forma), fiquei encantada com a sensibilidade e o cuidado com que a pessoa Jesus foi estudada e analisada. São observações e apontamentos que, embora inovadores, estavam ali o tempo todo! Bem debaixo dos nossos narizes! Parece que estavam aguardando por alguém capaz de se reinventar para descobri-los.

Assim sendo, numa escala de 0 a 5, na minha humilde avaliação, O Homem Mais Inteligente da História de Augusto Cury leva nota 3. Por causa da verossimilhança que não foi observada, com diálogos e situações surreais para justificar a pesquisa do personagem Marco Polo (nome escolhido por um motivo bem óbvio). A identificação do leitor com esse personagem não acontece. Embora tenha reflexões profundas, o leitor não consegue se identificar com o protagonista porque, em grande parte da obra, Marco Polo é quase elevado a categoria de divindade. Além disso, a leitura do primeiro capítulo causa um impacto minimizado (quase destruído) pelos capítulos seguintes, tornando-os cansativos. A inconstância da obra é constatada quando o autor retoma parte do encanto provocado nas primeiras páginas já no final, nos últimos capítulos. Somente nas últimas páginas, o autor consegue instigar o leitor a olhar Jesus com outros olhos, vê-lo como “o” melhor e maior representante da humanidade, para além de sua divindade. O livro desperta naqueles que não acreditam em Jesus o respeito pelo homem que ele foi, por seus pensamentos e atos. Vale a leitura, mesmo acreditando que, como romancista, Augusto Cury é um excelente psicólogo.


Até a próxima segunda!


Texto inicialmente publicado como nota em minha página do Facebook em 3 de julho de 2017.