Olá para você que está lendo! Tudo bem? Espero que sim!
Quero mais uma vez me desculpar por não ter publicado esta nota ontem, segunda-feira. Mas quando eu explicar o motivo, você entenderá. É que trabalho na área da educação e, como estou em recesso escolar, esqueci de tudo! E antes que me pergunte o que de tão interessante foi responsável por essa falha, já respondo logo: NADA! E é sobre isso que quero falar hoje: Não fazer nada! Ócio.
Está bem, está bem... eu fingi ter esquecido a nota semanal... De fato, o efeito causado (nenhum se ninguém perceber) foi atentar para este tema que uns tiram de letra, outros não.
Embora eu goste e trabalhar (não me crucifique por isso) é sempre bom ter um tempo livre para deixar a mente divagar, navegar por aí sem rumo. E quando eu disse não fazer nada, é não fazer nada mesmo! Há pessoas que estão tanto tempo ligadas no trabalho e em inúmeras atividades que quando têm um tempo livre planejam o que vão fazer com ele. Eu! São tantas responsabilidades e obrigações que o tempo livre acaba sendo usado para organizar o que não conseguimos durante as 24 horas por dia, 7 dias por semana.
Além dessas pessoas, há aquelas que preferem não ter tempo livre. Não quero aqui julgar ninguém. Entendo o posicionamento dessas pessoas, porque todos sabemos onde nosso calo aperta. Tempo ocioso numa sociedade capitalista significa apenas uma coisa: NADA DE GRANA. E é por isso que muita gente “não se dá ao luxo” de parar. Eu confesso: não sou uma workaholic. Não me mato de trabalhar. Na verdade, não me mato fazendo coisa alguma. Tento sempre o equilíbrio. Já passei horas estudando sim, e não me arrependo. Mas sempre fiz pausas de uns 15 minutos para ouvir música, conversar com meus familiares ou brincar com meu cachorro. Parece besteira, mas não é. Todos os dias eu pago o preço por querer um tempo livre. Não fazer a viagem dos sonhos... não comprar aquele celular novo, último lançamento... Mas como eu disse num texto anterior, temos que conviver com as consequências de nossas escolhas. Realmente admiro quem consegue trabalhar em três lugares diferentes, cuida da família, da casa, faz “N” coisas e ainda por cima faz um malabares de vez em quando! Não são super-heróis como alguns pensam (como alguns deles mesmos querem fazer os outros pensarem também, às vezes). São pessoas diferentes, com pensamentos, prioridades, ritmo... tudo diferente. Eu ainda estou aprendendo. Mesmo em casa, muitas vezes, fico procurando algo para fazer, uma poeira para limpar, algo para arrumar... Tenho que me policiar para simplesmente parar.
Por outro lado, há também aqueles que fazem do ócio um modo de vida. Não ligam para nada, não fazem nada... ficam paradas, vendo a vida passar. Parecem até cantar aquele refrão “Deixa a vida me levar; vida leva eu”. Os ateus que me perdoem, mas até Deus trabalhou! Ok, Ele também descansou ao sétimo dia... Ele estava cansado? Deus fica cansado??? Não!!! Ele descansou para que nós descansássemos também! Não é para viver trabalhando, nem para viver descansando. É para fazermos as duas coisas de maneira proporcional e equilibrada.
Há algum tempo atrás, assisti a um vídeo no Youtube do filósofo, escritor, educador, palestrante e professor universitário Mário Sergio Cortella, intitulado “Está faltando tédio”. O ócio é uma escolha. A aprendizagem e o desenvolvimento acontecem também no tédio. E, se você ficou entediado ao ler este texto, BINGO! Você aprendeu algo!
Até a próxima semana!
Texto inicialmente publicado como nota em minha página do Facebook em 18 de julho de 2017.
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