Desde que completei 30 anos (sério, não faz muito tempo, rsrsrs) tenho andado preocupada com os alimentos que consumo. Sempre ouvimos que uma alimentação balanceada contribui para o bom funcionamento do organismo, um corpo saudável. Mas, quando somos jovens, não enxergamos o futuro - nem entendemos muito bem o conceito de amanhã - e fazemos tudo o que nos dá na telha, incluindo se entupir de porcarias. Alguns têm a sorte de passar a idade adulta sem problemas adquiridos na juventude; a maioria, não. De problemas digestivos a enxaquecas, passando por colesterol alto, hipertensão, obesidade, diabetes e outras doenças mais, muitos da minha idade hoje tem colhido o triste fruto da má alimentação. É bem verdade que o sedentarismo tem sua gorda parcela da culpa, mas não éo único culpado.
Assisti a uns documentários recentemente sobre o assunto. Também fiz pesquisas na Internet sobre os diversos tipos de alimentação e dietas da moda. Li a respeito de mitos e verdades absolutas um tanto quanto questionáveis. A seguir, destaco minhas descobertas: (incluir vício: açúcar, gordura, cafeína, gordura)
1) Os seres humanos são os únicos mamíferos que consomem leite na idade adulta. O leite não é próprio para nosso organismo já desenvolvido digerir todos os dias. Por essa razão muitas pessoas desenvolvem intolerância à lactose. A quantidade de cálcio fornecida pelo leite pode ser encontrada em outros alimentos.
2) O café pode interferir e até atrapalhar a absorção de nutrientes como o ferro e o cálcio. Então, o famoso café com leite não passa de uma brincadeira - cálcio dentro, cálcio fora.
3) Alimentos processados e industrializados possuem conservantes, corantes e todo o tipo de produto químico capaz de mexer com nossa mente de maneira a nunca recusar tais comidas e até preferi-las.
4) A quantidade de proteína recomendada para a alimentação diária de uma pessoa pode ter sofrido intervenção da indústria alimentícia.
5) Se isso acontece com as taxas de proteína, pode muito bem ter acontecido às quantidades de minerais, vitaminas, carboidratos e etc. Podem ter sido manipuladas para servir aos interesses de empresários.
6) A ingestão de produtos orgânicos é o ideal, porém na impossibilidade, vegetais e legumes não orgânicos ainda são melhores do que o alto teor de componentes químicos concentrado nos alimentos industrializados - mesmo que tenham agrotóxicos. A concentração deste, além de menor, pode ser minimizada e até eliminada simplesmente lavando e conservando bem os alimentos. Dessa maneira, é possível diminuir os riscos à saúde.
7) A combinação deliciosa de açúcar e gordura é a verdadeira responsável pela obesidade. Assim como ficamos viciados com café ou chocolate, também nos viciamos com o açúcar, a gordura, o sal... Mas é o que todo mundo adora comer!
8) Somos convencidos de que não ingerimos nutrientes e vitaminas suficientes através da alimentação para enriquecer os fabricantes de suplementos.
9) O adoçante faz tanto ou mais mal do que os refrigerantes. Podem causar câncer. É irônico pensar que muitas pessoas preferem o adoçante por pensar estarem fazendo a escolha mais saudável...
10) Informações como o consumo regular de alimentos naturais, comer de 3 em 3 horas, beber muita água e fazer 30 minutos diários de exercícios físicos realmente fazem a diferença quando aliados a melhores opções alimentares.
Não tenho aqui a pretensão de ensinar ninguém o que deve fazer à mesa. A escolha é de cada um, volto a afirmar. Começamos a jornada alimentar com os olhos e, depois de passar pela nossa mente, chega finalmente aos nossos pratos, bocas e estômagos. Somos iludidos, enganados todos os dias a querer o que nos faz mal. A comprar algo que não precisamos, a consumir indiscriminadamente. Pelos comerciais na TV, de supermercados cujo porta-voz é o artista famoso; pelas pessoas próximas que nos criticam quando decidimos romper com tudo isso e investir, enfim, na mudança; por nós mesmos que às vezes pensamos: "Ah! Só um pouquinho não vai fazer mal!" No momento em que estamos nos deliciando com os quitutes de Nabucodonosor, enchendo a pança, felizes, com um largo sorriso no rosto, não pensamos que estamos permitindo a entrada de muitas e diferentes doenças em nossas vidas. Não precisamos pensar; APENAS MASTIGAR E ENGOLIR. Afinal, se não podemos comer nada porque tudo faz mal, vamos viver de quê? Infelizmente (ou felizmente, depende do ponto de vista) para muitos, a sensação, o sabor é o que importa. Ainda que artificial.
Até mais!
Texto inicialmente publicado como nota em minha página do Facebook em 22 de agosto de 2017.
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