Desde o dia 02 de janeiro tenho escrito notas semanais sobre muitas coisas. Já falei sobre aniversários, história, violência, escolhas, fé, mais violência... Se escrevi bem ou mal, sabe, desculpe, não estou muito interessada nisso no momento. Por enquanto, o que me importa mesmo é escrever. Mas hoje deu branco. Todo mundo que escreve passa pelo branco. Aquele momento em que você está diante de uma folha de papel ou de uma tela e... NADA. Não sai nada.
Na tentativa de escrever bem, talvez um dia... resolvi registrar minha incapacidade de escolher algo sobre o que dizer. E nessa tentativa acabei falando sobre algo. Mas, como falta-me inspiração neste dia tão bonito de outono, vou abreviar o sofrimento dos meus (poucos, senão nenhum) leitores. Para tanto, devo contar-lhes sobre sábado.
Ainda às voltas com minha leitura de Edgar Allan Poe, decidi me aventurar pelo terreno da poesia. Quis compor algo que não sabia o quê, nem por onde começar. Parecia uma previsão de que o branco aconteceria hoje. Podemos chamar de visão premonitória de um futuro nada distante. Compus algo que, inicialmente, possuía o verso “Porcaria de escrita que ficou”. Se tiver coragem, leia e julgue que por si mesmo. Mas depois não venha reclamar comigo de tempo perdido. Eu avisei antes!
Soneto da Falta de Inspiração
Eu queria compor belo poema
Eu queria encontrar lindo tema
Vivo dilema, que devo eu falar?
Vivo a escrever sozinha em meu tentar
Procurei eu resolver o problema
Procurei eu então não mais calar
Fiz, sim, do sofrimento um respirar
Fiz, sim, rascunho de meu teorema
Eu queria palavras tão bonitas
Procurei eu entre todas benditas
Maldita escrita uns rabiscos ficou
Maldita quem com as palavras brincou
Quem muitas vezes no papel riscou
Não recebeu das Musas as visitas.
Está bem! Vou poupá-los de mais palavras vãs. Até a próxima semana com, quem sabe, um texto que valha a pena ser lido. Malfeito feito!
Texto inicialmente publicado como nota em minha página do Facebook em 10/04/2017
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