Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda a imundícia. (Mateus 23:27)
"— Eu vejo gente morta.
— Com que frequência?
— Todo o tempo."
(O Sexto Sentido)
Em 2013, ficamos impactados com um dos melhores filmes sobre zumbis na minha opinião, Guerra Mundial Z. O contágio, a forma como atacavam... tudo muito impressionante. Tá legal! Fiquei com medo, sim! Só de pensar em ter de enfrentar zumbis, sem nenhum tipo de treinamento... Arrepiante! Mas não é de agora que falam destes seres horripilantes comedores de cérebro. Desde 2010, a famosa série The Walking Dead arrebanha uma legião de fãs com suas histórias de confrontos entre pessoas tentando sobreviver e zumbis.
Mas o que essas maravilhosas produções têm a ver com as citações acima? No texto bíblico, Jesus se dirige aos religiosos da época, escribas e fariseus, chamando-os de hipócritas. Vivem de aparência. Por fora formosos, vivos. Por dentro ossos mortos, imundícia. Existe uma diferença entre os mortos-vivos das telas de TV e cinema e os da vida real. Os primeiros são horrorosos, sua aparência já demonstram que a Morte é a dona de suas existências. Já os últimos fazem questão de aparentar. São formosos, bonitos, elegantes, inteligentes e o que mais você imaginar, mas vazios. É uma necessidade de mostrar o que não se tem, uma vida que não se vive, uma felicidade que não vai além de um sorriso para selfie... Para estes mortos em vida o que vale hoje é aparentar, ter, exibir... e não SER. Esses “zumbis” não se importam em ser bons filhos, pais, mães, alunos, funcionários, amigos, irmãos, pessoas... Suas mentes são vazias assim como seus corpos. Isso me faz lembrar de algo...
Quem me conhece sabe que sou fã das histórias de Harry Potter. Sabe que já li todos os livros, já assisti a todos os filmes e não canso de reler e de assistir. Nas histórias de J. K. Rowling há seres chamados de dementadores que guardam a prisão de Azkaban e que, com um beijo, sugam a alma dos corpos de prisioneiros destinados a este triste fim. Os corpos continuam com vida, mas oco. Sem nada lá. Pessoas no piloto automático.
Não acreditam em nada. Não gostam de nada. Não fazem nada que realmente valha à pena para si mesmos ou para os outros. É uma nova classe de seres que se alimentam da inveja alheia, do exibicionismo, da futilidade e da vaidade. Pessoas que se importam com coisas sem importância e que não se importam com o que deveriam se importar.Pessoas que passam uma vida inteira em busca de colecionar “teres” e “haveres”, sorrisos vazios e cumprimentos falsos.
Um amigo publicou em sua página do Facebook há alguns dias, o vídeo de pessoas que só se preocupavam com a quantidade de curtidas que adquiriam com suas fotos e descrições do dia. E o que isso tem a ver com a segunda citação? Faço minhas as palavras de Haley Joel Osment: "— Eu vejo gente morta. (...) — Todo o tempo." Então, o que fazer nesse mundo cheiinho de zumbis???
Primeiro, não se deixe infectar. É muito importante que você cuide de si mesmo, das suas prioridades tendo em vista o seu caminho e não o de ninguém mais. Vá para um lugar tranquilo, se afaste dos zumbis!!!
Segundo, lute! Em alguns momentos, esses zumbis vão te atacar e tentar fazer de você um deles. Lute com todas as suas forças. Mantenha o foco. Não se deixe abater pelas tentativas baixas deles.
Terceiro, procure a cure e, ao encontrá-la, administre-a em tantos quantos você puder. Tente trazer para o seu lado aqueles que um dia tentaram te atacar.
Último, e mais importante: NÃO DESISTA! Num apocalipse zumbi, fraquejar é o fim.
Pois é... apesar de muitos não acreditarem, Jesus sempre teve razão. Naquela época e hoje. “Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas interiormente estais cheios de hipocrisia e de iniquidade.” (Mateus 23:28)
Até a próxima segunda!
Texto inicialmente publicado como nota em minha página do Facebook em 27/03/2017
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